PUBLICADO EM 14/12/20

Mostra Cena ao Redor apresenta 15 trabalhos

Nesta segunda-feira, 14 de dezembro, o Polo Sociocultural Sesc Paraty dá início à Mostra Cena ao Redor, com a divulgação de vídeos curtos publicados no Facebook e no canal do Youtube do Sesc Paraty.

Cena ao Redor é um projeto que apoia-se na visão “ao redor” para refletir sobre história cultural, representação local e identidade periférica, propondo uma visão além do midiático. Para isso, agrega atores culturais do centro-sul fluminense, das regiões denominadas Vale do Paraíba, Vale do Café, Região Metropolitana, Norte Fluminense e Costa Verde, numa proposta de reflexão acerca das Artes Cênicas, tendo como perspectiva central a construção de práticas e pensamento sobre a cena teatral na atualidade. 

Em 2020, com a suspensão das atividades presenciais devido à pandemia, as atividades foram realizados online. Pensando nesse modo de trabalho, em sintonia com o digital, o Sesc Paraty apresenta cenas curtas resultantes da pesquisa realizada entre os meses de outubro e dezembro. Os trabalhos têm orientação de Davi Cunha e Rodrigo Carinhana.

Confira o roteiro da Mostra Cena ao Redor:

Dia 14 

Baile de Máscaras
Artista: Bruno Carlos
Texto: Bruno Carlos
Colaborador: Heluar Maraboti (assistente de câmera)
Sinopse: para quem é dado o direito de sofrer? Quem tomou conta do tempo de podermos refletir? Essas provocações dão início ao relato de um vendedor ambulante que traz em sua fala momentos que foram marcados e protagonizados por aqueles que mantiveram seus corpos em função do trabalho em um ano de pandemia.

Contemplar Urubus
Artista: Jussara Machado
Texto: Jussara Machado
Colaboradores: Dora Furriel Zisels (participação especial no balanço); Pedro Emmanuel Zisels (Edição e Trilha Musical)
Sinopse: Contemplar Urubus aborda os desafios a serem enfrentados nas diferentes etapas da vida. A história promove um paralelo entre o enigma de nossas divagações filosóficas e a representação mística dos urubus.

Caminho
Artista: Carla Marques
Texto: Dramaturgia autoral e livre adaptação a partir de fragmentos do Livro “Água viva” de Clarisse Lispector e do poema “Quero ser tambor” de José Craveirinha.
Colaborador: André Rodrigues e Bianco Marques
Sinopse: ao observar a realidade que se impõe, o desejo é que ela não permaneça. Movimentos e reflexões são feitos a partir daí, mas seguimos em meio às dúvidas junto aquilo que nos move. Nossas raízes abrem um espaço interior. Há busca pela esperança. Mas, e o agora? Como está?

 

Dia 15

Eu sou Estamira
Ator: RAV.
Texto livremente adaptado das falas de Estamira e parte escrita por RAV.
Colaborador: Jefter Paulo (Edição de vídeo)
Sinopse: Eu sou Estamira é uma criação artística livre, que apresenta esquizofrenia como uma possibilidade real em todos nós! É o retrato episoidal  ou não de uma sociedade adoentada.

2020
Atriz: Renata Bezerril
Texto autoral
Sinopse: o trabalho nasceu mediante a construção da LAB (Lei Aldir Blanc), uma construção virtual de uma Lei para garantir aos trabalhadores da Cultura, dignidade em meio a pandemia do coronavirus e que hoje está sendo executada em todo o território nacional. Garantindo aos artistas a continuidade do fazer artístico, devido termos sido drasticamente atingidos. Portanto havia de necessidade de fazer algo urgente.

CORPO QUER FALAR
Artista: Thallyssiane Aleixo
Texto autoral
Colaboradora: Lorrayne Aleixo
Sinopse: será mesmo que temos a liberdade de fazer o que queremos? Não podemos deixar que nos calem, corpo quer falar!

Dia 16

Um lugar em que estive na primeira vez
Artista: Sirléa Aleixo
Texto autoral
Colaboradora: Thallyssiane Aleixo (edição)
Sinopse: o texto retrata a experiência de alguém que esteve entre a vida e a morte. A experiência de quem esteve nesse lugar, nem lá nem cá!

O Bicho
Artistas: Bianca Oliveira e Paloma Amorim
Texto: Letícia Mendes
Sinopse:
Enquanto tenta achar a sua inspiração para escrever, uma escritora se depara com o seu bicho interior!

A Máscara
Artista: Ramon Souza
Texto: Dramaturgia autoral e livre adaptação a partir do texto “A Máscara” de Francisco de Nabor (direitos liberados pelo autor).
Colaboradores: Vitória Lopes (auxiliar de filmagem); Flaviane Damasceno (supervisão de vídeo); Júnio Bastos (supervisão dramatúrgica)
Sinopse: em meio ao caos um indivíduo isolado na quarentena se encontra confrontado com seus próprios devaneios e incertezas de um momento tão excêntrico: a pandemia.

Dia 17

Mulher Feita de Luz e Sombra
Artista: Clara Crível
Texto: Dramaturgia autoral e livre adaptação a partir de fragmentos do Livro “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo.
Colaborador:
Sinopse: Mulher Feita de Luz e Sombra é fruto das reflexões sobre o que atravessa a atriz enquanto mulher e artista nos tempos atuais. Inspirada na personagem Rita Baiana da obra naturalista “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo, o trabalho aborda as relações entre luz (claridade, brilhantismo, etc.) e sombra (escuridão, pânico, etc.). Estes elementos se mostram presentes na artista, na personagem e, sobretudo, no ser humano.

Santa Navalhada
Artista: Jefter Paulo
Texto: Ricardo Andrade Vassillievitch (direitos liberados pelo autor)
Colaborador: Ricardo Andrade Vassillievitch (auxiliar de filmagem)
Sinopse: originalmente, o texto conta a história de uma travesti que carrega em seu rosto a marca de uma navalhada, fruto da violência, preconceito e intolerância social. Nesta abordagem, a navalhada se encontra na alma de um homem que, para não sofrer os impropérios da discriminação, talha o seu interior, subjugando-se a uma vida normativa dos conceitos judaico-cristãos.

As Mãos do Meu Avô
Artista: Vitória Cipriani
Texto: Dramaturgia autoral
Colaborador: Rodrigo Carinhana (organização do texto)
Sinopse: há muito tempo não ficava em casa comigo mesma, voltada para algo só meu. Mesmo que forçadamente, olhei para dentro e, ao olhar novamente para fora, me dei de cara com ele: meu avô!
Percebi que ele está em tudo o que está à minha volta …
Ou será que ele é tudo isso, agora que já se foi?

Dia 18

Cansaço
Artista: Luciano Mendes
Texto: Dramaturgia autoral e livre adaptação a partir de fragmentos do texto “Cansei” de Clarisse Lispector e do texto “Saber Viver” de Cora Coralina.
Colaborador: André Rodrigues e Bianco Marques
Sinopse: Cansaço aborda o momento na vida pelo qual muitos de nós passamos: o cansaço com os dias iguais da rotina se apresentam de forma dura. Esse fato é agravado pelo período de isolamento social que enfrentamos e nos faz parar para pensarmos no que realmente importa em nossas vidas.

Um lugar que só conheço eu
Artista: Vivi Saar
Texto: Dramaturgia autoral
Colaborador: Coletivo Sala Preta
Sinopse: Amar, Desejar, Colher, Curar, Entender Convidar e mais outras milhares de ações cabem nesse lugar, quase secreto, onde vive uma mulher.

ÁrvoreSer -  Ela e a Deusa
Artista: Makeda Soares
Texto: Texto autoral livremente inspirado no discurso, “E eu? Não sou uma mulher? (Ain’t got a Woman?), da Soujourner Truth.
Colaborador: Pedro Biz (filmagem e edição)
Sinopse: ÁrvoreSer é sobre o renascimento exponencial do ser através de seu resgate ancestral, nutrido por um processo de aprofundamento na cultura negra. É o alimento essencial à alma, afinal é preciso encontrar suas raízes para árvoreSer com coragem, e acender a centelha da fé em si mesmo, capaz de conceder solidez e força para agir com propósito e atravessamento em um mundo cheio de armadilhas e desigualdade. É árvore semeada ao contrário, cujas raízes se encontram na terra, mas também atingem o céu.