No primeiro episódio do Roda de Escuta, o historiador e pesquisador Luiz Antônio Simas fala sobre o subúrbio carioca e artistas que tiraram dali a inspiração para suas obras, como Pixinguinha e Heitor dos Prazeres. A conversa tem como ponto de partida a exposição "Caminhei sobre a mãe, senti o abraço", do artista Wallace Pato, que ocupou a Unidade Sesc Santa Rita, em Paraty, entre os meses de fevereiro e março de 2020. Nas obras, Wallace Pato expõe a relação presente entre seu bairro de origem, Ramos, no subúrbio carioca, e a cidade de Beira, em Moçambique. 

Do mesmo modo, Simas estabelece a relação entre a cidade no continente africano e o Rio de Janeiro. A conversa segue adiante, passando por temas como escravidão, racismo, influências africanas nos hábitos e celebrações brasileiros, força vital e axé. 

"Você pode dizer o seguinte: fulano não é racista, porque ele não tem problema com índios, com negro. Mas se ele desqualifica os elementos das culturas afro e indígenas, ele está operando no campo desse racismo simbólico. Então, a República fez de tudo para estrangular as manifestações de um Rio de Janeiro profundamente africano", diz o pesquisador, aos 23 minutos da conversa. 

Para ouvir, você pode buscar o Roda de Escuta no Spotify, Google podcast, aplicativo Anchor e no canal do Sesc Paraty no Youtube. 

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