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Elas partilharam saberes no Teatro Mulher

Em 2021, o curso de Iniciação Teatral do Polo Sociocultural Sesc Paraty foi destinado às mulheres e teve orientação de Claudia Ribeiro e Luti Estrella. Em quatro meses, com encontros online e semanais, as participantes mergulharam no universo das artes cênicas e desenvolveram trabalhos a partir de suas histórias, memórias e vivências.

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Como resultado, o grupo apresenta o trabalho Território Teatro Mulher - Iniciação teatral Sesc Paraty 2021, que será transmitido no canal do Youtube do Sesc Paraty nesta sexta-feira, dia 12 de novembro, às 19h.  

Neste caminho até a apresentação final, as participantes ampliaram seus conhecimentos a partir de trocas e vivências com convidadas que participaram de diálogos online. Abaixo, contamos um pouco mais sobre quem ajudou na construção do Teatro mulher.  
 

Fátima Queiroz de Freitas 

É atriz, bonequeira e contadora de histórias. Carioca, há 25 anos mudou-se para Trindade e há 12 anos, juntamente com Lília Rosa e Rose Carmo, criou a Companhia de Teatro Rosa Carmo Queiroz que tem, na cultura caiçara, sua maior fonte de inspiração. Sempre que possível, apresentam seus espetáculos, despertando lembranças e saudades no coração das pessoas. 

 

Joana Marinho 

É atriz, dramaturga e diretora teatral. Sua trajetória, de mais de 16 anos, é voltada para a cultura de matriz africana. É também preparadora corporal de elencos e Diretora de Produção da Eró Criação e Produção, que realiza festivais como a Festa de Yemonjá de Paraty e o Encontro das Culturas de Asé. Dramaturga, diretora e atriz no espetáculo, em cartaz, Constância e no média-metragem, Ìyálewà. 

 

Fernanda Detorri 

Mulher, mineira do interior, moradora de Paraty, mãe, médica há 10 anos, buscadora de saberes ancestrais e modernos que ampliem o olhar ao cuidado da saúde, compreendendo a medicina como uma prática que deve potencializar a inteligência natural do organismo e não apenas medicar sintomas. Tem como focos de estudo as plantas medicinais, a Ginecologia Natural, medicina Ayurvédica, nutrologia, genética e epigenética e saberes tradicionais e populares. 

 

Mônia Rommel 

É terapeuta holística e corporal, atuando com Cura e Bem-estar desde 2010.  Buscadora dos Saberes Femininos e Ancestrais, estudiosa da Psique e caminhante do autoconhecimento, desenvolve trabalhos individuais e coletivos em prol da Saúde Integral e do Despertar Feminino. Radicada em Paraty há 7 anos, encontrou aqui em meio a natureza o lugar para ancorar seu propósito de vida. 

 

Carol Melchor 

Formada em história pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, professora de história da rede municipal de ensino de Paraty, e mestra em estudos de gênero, mulher e sexualidade pela Universidade Estadual do Oregon nos Estados Unidos (EUA). Membra e co fundadora da coletiva feminista MAR de Paraty e suplente no conselho municipal dos direitos das mulheres. Joalheira das pratas e Mãe da Maya. 

 

Olímpia Calmon 

Graduação em letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB). Ativista feminista desde a segunda onda quando foi cofundadora do grupo “Brasília Mulher”, na capital federal. Atualmente, é membra da Coletiva Feminista Maria Angélica Ribeiro, desde o seu início em 2016.  Servidora pública federal, aposentada pelo Banco Central. Residente em Paraty há nove anos, casada, dois filhos, dois netos. 

 

Thalita Aguiar 

Formada em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora da rede básica Estadual de Ensino e da Formação de Professores do colégio CEMBRA. Membra fundadora da Coletiva Feminista Maria Angélica Ribeiro. Mestranda no Programa de Pós Graduação em História Comparada da UFRJ onde pesquisa a vida e a obra da dramaturga paratiense Maria Angélica Ribeiro, nascida em 1829. 

 

Elisa Pereira 

É poeta, escritora, pós-graduanda em Literatura Brasileira de Autoria Feminina pela Universidade Candido Mendes (UCAM). Participa de várias coletâneas e revistas literárias nacionais e internacionais. Idealizadora, produtora e curadora do projeto Fuzuê Literário. Tem dois livros publicados: ‘Memórias da Pele’ (2018, Chiado Books) e ‘Sem Fantasia’ (2020, Editora Venas Abiertas). Autora presente na programação oficial da 18ª Flip – Festa Literária Internacional de Paraty. 

 

Carolina Fonseca de Oliveira 

Nasceu e cresceu em Paraty, possui formação em Pedagogia e Mestrado em Educação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Em 2020 teve sua dissertação de mestrado publicada como livro pela Editora NEFI, intitulado “Caminhar como modo de vida: da pesquisa à Skholé”, onde o livro Alice no país das Maravilhas de Lewis Carroll foi sua inspiração para o capítulo 1. Atualmente está na função de Coordenadora Pedagógica da Escola Comunitária Cirandas em Paraty. 

 

Brisa de Souza 

É paratiense da Ilha das Cobras e mãe do Bento. Criadora & produtora em multilinguagens; produtora cultural desde 2015, já integrou e integra equipes autônomas com projetos autorais, coletivos e institucionais. Fotografa autoral desde 2013, tem no currículo exposições individuais e coletivas pelo Brasil assim como estudos com alguns fotógrafos de renome. Ministrou oficinas de artes visuais para crianças e adolescentes em projetos extracurriculares em escolas, e eventualmente media a oficina Afeto in Flash_autorretratos.  

 

Dani Guirra  

Dani Guirra tem 35 anos, designer de Moda, artista multidisciplinar e mãe de duas meninas. Atua há 10 anos desenvolvendo adornos com referências afro-brasileiras. Pesquisa o corpo, a dança e tecnologias ancestrais aplicadas aos dias atuais. É coreira do Tambor de Crioula São Benedito das Flores. Dirigiu a exposição Alma Adornada no Sesc Paraty em 2019. É a primeira designer matogrossense a colaborar com uma coleção de adornos no São Paulo Fashion Week em 2021.  

 
Marcela Bonfim  
 
Marcela Bonfim era outra até os 27 anos. Em São Paulo, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Rondônia, adquiriu uma câmera fotográfica e no lugar das ideias deu espaço a imagens de uma Amazônia afastada das mentes do lá de fora, mas latentes aos lugares de dentro e às inúmeras potências antes desconhecidas a seu próprio corpo recém-enegrecido.  

 
Aline Valentim 
 
Aline Valentim é artista negra, Mãe, Mestre em Ciência Sócias pela UERJ. Atua na área das artes cênicas e cultura popular mais especificamente nas danças de matriz africana, danças populares brasileiras e seus desdobramentos e articulações políticas, estéticas, artísticas, educativas e sociais.  Umas das precursoras do movimento de Maracatu de Baque Virado no Rio de janeiro, integra o Grupo Maracatu Baque Mulher Rio de Janeiro. Fundadora da Cia Babalakina de Dança Negra com 16 anos de atuação. 

 

Verônica Orkidia 
 
Verônica Orkidia é mulher preta, mãe da pequena Violetta. Uma impulsionadora de projetos artísticos. Com 20 anos dedicados ao mercado da música, é coach, mentora em carreiras musicais e consultora de negócios criativos na cultura. DJ e produtora, é idealizadora do projeto Na Potência Musical com uma série de podcast e playlists musicais. É membro fundadora da Coletiva Articula Preta, que atua em Paraty. 

 

Benedita Martins  

Mãe, avó, escritora, compositora, cantora, contadora de história, doceira, erveira. Benedita Martins, 80 anos, é quilombola, nascida no Guiti (região do Cabral - Paraty/RJ). O livro “Infância Sofrida” é a sua obra literária publicada de forma independente, em 2017. Também gravou um CD de forma independente. Na sua trajetória de vida tem mais de 2 mil músicas compostas, entre sambas e funks.  

 

Carol D'Avila 

Mineira de Ubá, radicada em Paraty, multi-instrumentista, compositora, arranjadora e música-educadora. 20 anos de carreira. 38 discos gravados, entre eles o autoral 'Volto Logo' gravado pelos alunos da Oficina do Som, que ministrou em Paraty. Carol D'Avila traz na sua musicalidade a herança da música universal. Suas composições transitam por diferentes caminhos rítmicos, melódicos, harmônicos, com uma linguagem forte da música popular brasileira.  

 

Maria Eduarda (Maria Duda) 

Maria Duda é poeta, escritora, slammer e produtora cultural. É estudante de Relações Internacionais da UFRJ, iniciou sua trajetória na poesia falada em 2017, através dos seus primeiros SLAMS. Em 2018, Maria Duda se juntou ao coletivo NósdaRUA, que recitava poesia em transportes públicos e realizava mensalmente o SLAM NósdaRUA, que ocorria na Taquara. Lançou seu primeiro livro de poesias "Navio Negreiro", na FLIP de 2019, pela editora Malê com o selo FLUP. Maria Duda vem realizando pockets shows, oficinas de SLAM e rodas de conversas sobre suas experiências, sobre racismo e sobre a poesia falada. 

 

Carolina Franco 
 
Carolina Franco nasceu no Rio de Janeiro e há 20 anos tem formação plena em dança. Já lecionou em várias escolas do Rio, entre elas a escola de dança Angel Vianna e estúdio Gestos. Dançou sua própria vida e, unindo sua paixão pelo mar e as artes da cena, desenvolveu sua maneira de dialogar com o sensível através da arte. Após viver por três anos em um barco a vela, retornou ao Brasil para criar sua própria peça 'Marítima' e a oficina corporal, O Mar íntimo. Atualmente trabalha na capacitação de profissionais de dança da Costa Verde. Está em processo de montagem da sua nova peça 'Nascedouro'.  

 
Vanda Mota  

Vanda Mota nasceu em Teresina, Piauí, onde iniciou seus estudos de dança clássica e contemporânea. Foi preparadora corporal do curso básico de teatro da Escola de Teatro Macunaíma. Em 1990 mudou-se para Paraty para trabalhar com o grupo “Contadores de Estória”, de onde partiu para uma temporada em Nova York onde trabalhou com diferentes grupos. Em 1998 criou a Companhia DançanteAto e desde então trabalha com formação em dança em Paraty. Em 2001, juntamente com Luís Perequê, construiu o Silo Cultural José Kleber, em que além de coordenar o espaço e as produções do Instituto Silo Cultural, desenvolveu seu trabalho como diretora e coreógrafa. Atualmente é gestora do Silo Cultural, onde continua seu trabalho de formação em dança e produção de espetáculos de teatro, dança e música. 

 

Andrea Dórea  
 
Andrea Dórea é uma artista multilinguagens. Graduada em Letras Espanhol e Literaturas e pós-graduada em Língua Inglesa e Literaturas, também é fotógrafa documental e artista visual. Desde os anos 90 produz quadros, desenhos e esculturas, e a partir de 2016 retomou à fotografia documental e iniciou uma série de fotomontagens artísticas a partir de seu próprio acervo. Já teve trabalhos artísticos enviados para diversos países e participou de exposições individuais e coletivas, sendo a mais recente, a exposição de fotomontagens “A quem possa interessar”, na Casa da Cultura de Paraty em 2019.