Publicado em 28/11/2020

Um debate sobre tecnologias sociais

O Pautas Sociais Rotas se destina a dar visibilidade às questões sociais e seus agentes de transformação, bem como às dinâmicas e iniciativas criativas das comunidades periféricas no enfrentamento às demandas emergenciais mediante a pandemia da Covid-19.

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No dia 3 de dezembro, será abordado o tema Qual a importância das tecnologias sociais para o combate das crises?, contextualizando questões políticas e sociais para conceituar tanto a noção de tecnologia social quanto a de crises sociais decorrentes das desigualdades vivenciadas nas comunidades vulneráveis. 

PROGRAMAÇÃO - 3/12 – Rota Sudeste
 

15h – Abertura - “Qual a importância das tecnologias sociais para o combate das crises?”.
 
Considera-se tecnologia social todo produto, método, processo ou técnica criado para solucionar algum tipo de problema atendendo quesitos de simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social. Nesta programação, lideranças comunitárias falam sobre o uso dessas tecnologias sociais em contextos de crise e sua importância estratégica para a subsistência dos moradores de comunidades vulneráveis.

Participantes:

Thara Wells Corrêa (SP) -. Presidenta da Associação de Transgênero de Sorocaba, Promotora Legal Popular de 2017, conselheira no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.

Jardson dos Santos (Paraty- RJ) - Nascido, criado e ainda morador da comunidade caiçara da Praia do Sono, em Paraty (RJ), foi um dos fundadores do Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba e participa de articulações nacionais dos povos caiçaras do Brasil.

Ricardo Fernandes (RJ) - ativista, ator e pesquisador da Cidade de Deus (RJ). Seu trabalho se concentra em abordar a desigualdade urbana no Brasil, especialmente no que diz respeito à raça, pobreza, juventude e drogas. Ele também co-dirige a ONG Os Arteiros, e é coordenador do coletivo FrenteCDD, um grupo de ajuda mútua que trata dos impactos imediatos da pandemia Covid-19 na Cidade de Deus.

Samuel Caetano (MG) - representante do Centro de Agricultura Alternativa, coordenador do Eixo de Povos e Comunidades Tradicionais do Centro de Agricultura Alternativa (CAA) do Norte de Minas, historiador, representante do povo Geraizeiro no Conselho Nacional e Comissão Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais. Natural de Montes Claros.

Comentador:

Ailton Krenak - ativista indígena da etnia Krenak, fundou em 1988 a União das Nações Indígenas e em 1989 o movimento Aliança dos Povos da Floresta. Atualmente, dirige o Núcleo de Cultura Indígena, na Serra do Cipó, MG. É jornalista e escritor, com livros e artigos publicados em diversas línguas, além do português.

16h15 - Relato de vivência: Agricultura Familiar nas Comunidades Tradicionais (Paraty- RJ)

Janis Jesus de Oliveira é mulher, negra, nascida e criada no bairro zona rural Pedras Azuis no município de Paraty e atuante do movimento Agricultura familiar do produtor rural no município. Há três anos fundou a empresa “Doces da Morena” e desde então vende e faz trocas com outros agricultores de suas compotas e geleias, frequentando feiras e oferecendo seus produtos para turistas, sua principal fonte renda.

16h30 – Forças das Gerais: Tecnologias de impacto social nas comunidades
 
Com o objetivo de visibilizar as forças e potências das comunidades, convidamos três representantes de instituições parceiras da Rede Sesc Ação Comunitárias de Contagem (MG) : AMOMP, Circuito Inclusivo e Mulheres do Rosário. Em um bate-papo com conteúdos inspiradores, foram compartilhadas ferramentas de impactos sociais capazes de transformar e desenvolver territórios e a realidade local, visando superar cenários de exclusão, desigualdade e vulnerabilidades.

Helenice Araújo - fundadora e coordenadora do Grupo Mulheres do Rosário - Ibirité, desenvolve junto ao grupo diversos trabalhos de fortalecimento e empoderamento com mulheres da região.

Debora Batista - fundadora do Circuito Iinclusão, que busca disponibilizar o lazer e atividades inclusivas para todas as pessoas com deficiência e suas famílias.

Mailda Lima - Assistente Social, atua há 4 anos no terceiro setor e possui grande experiência em gestão nos setores público e privado.

17h - Vídeo Comunitário do Quilombo do Campinho (Paraty-RJ)

Lugar de música, artesanato, culinária e história, o Quilombo do Campinho da Independência, no município de Paraty, é uma comunidade exemplo de uso e apropriação das tecnologias sociais em favor do desenvolvimento comunitário. Neste vídeo, jovens contam como foi a readaptação à rotina no momento da pandemia. O cinegrafista e editor Fábio Martins, morador do Quilombo, captou imagens da vida na comunidade e depoimentos que trazem uma perspectiva da realidade no local.

17h15 – Performance artística com As Despejadas (SP)

Formado por Vitória Silva, Lídia Martiniano e Nataly Ferreira, o grupo musical As Despejadas é um grito pela liberdade e reconhecimento das minorias.

17h30 – Encontro da juventude em desenvolvimento comunitário (RJ)
 
Vídeo que mostra a articulação de jovens e a força dos coletivos, que utilizam ferramentas para falar sobre as pautas e demandas sociais características de suas regiões em meio a pandemia. “Becos, histórias e caminhadas' traz para a internet a visão de jovens artistas periféricos e como enfrentam essa nova etapa, mostrando a importância do direito a arte e como a abordam dentro de suas comunidades. Com diversas linguagens lembram de suas resistências e como podem ser plurais.

Richard Oliveira - NK - artista, poeta e produtor voltado ao segmento Rap. Participa do Coletivo Ponto de Luz, uma organização de apoio aos jovens do município de Teresópolis, e é parceiro da Afronasa.

Juan Carlos - produtor executivo e mestre de cerimônias de batalhas de rap no município de Teresópolis. Apresentador de reacts do Afronasa, produtora fundada por ele e por profissionais do ramo da música urbana com a perspectiva de dar oportunidade aos negros periféricos para apresentar seu trabalho a sociedade.

Nilda Andrade - articuladora sociocultural no Complexo do Alemão, atua nas áreas de artes cênicas e desenvolve ações artísticas e socioeducativas em comunidades por todo Rio de Janeiro junto com o grupo teatral Contra Bando de Teatro e Outras Patifarias, formado por atores do Alemão, o qual coordena.

Maria Oliveira -Começou no teatro aos 13 anos através do grupo cultural Afroreggae, e foi uma das fundadoras do ContraBando. Realiza oficinas de teatro infantil no Complexo do Alemão e já participou de várias instituições como o CRJ, Oca dos Curumins, EDUCAP.

Programação paralela
Encontro: Juventudes do Alemão e suas expressões
Por Nathalia Campos de Souza Menezes, uma descoladora de ideias do Complexo do Alemão, comunicadora, produtora, publicitária e fotógrafa.

A mostra retrata a juventude do Complexo do Alemão como protagonista. Através de suas vivências, circulando pela favela e colaborando com algumas instituições e indivíduos, Nathalia registra as expressões de jovens que iniciaram sua trajetória em projetos na favela, despertando e desenvolvendo seus talentos. O conceito e a composição desses cliques serão: favela, fotografia, juventude, tecnologias sociais.