Oficina de cinema com mulheres

Estão abertas até o dia 16 de outubro as inscrições para a Oficina de cinema com mulheres: entrelaçando e fortalecendo nossas narrativas, uma atividade realizada pelo projeto Bordados Poéticos, do Polo Sociocultural Sesc Paraty. Para participar, não é necessário ter experiência com audiovisual. 

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A proposta deste curso é proporcionar um encontro entre mulheres que lutam e resistem das mais diversas formas (organizadas em coletivos ou de forma autônoma, na vida cotidiana, no espaço doméstico, no espaço público, nos seus territórios, nas suas memórias) e oferecer uma oficina de criação audiovisual para que possam tecer e contar suas histórias de resistências através de imagens e sons.

Quanto da representação feminina se limita quando as mulheres não encontram espaços para falarem de si mesmas? Quem são as mulheres que lutam nos nossos territórios? Que imagens e histórias foram produzidas sobre elas? Que auto imagens gostaríamos de produzir? Que histórias de resistências queremos compartilhar? De que outras formas mais comunitárias e coletivas podemos produzir cinema?

A maneira com que narramos nossas histórias interferem na possibilidade de habitá-las. Tendo como inspiração o cinema comunitário, a educação popular, a pedagogia feminista e a pedagogia da criação com dispositivos, a oficina conta com cinco módulos intercalando encontros destinados à sensibilização e partilhas de experiências com encontros de aprofundamento da linguagem e experimentos de dispositivos audiovisuais.

O curso é dividido nos seguintes módulos:

Módulo 1 - Entrelaçando nossas resistências com audiovisual
Módulo 2 - Narrando a nós mesmas e a nossas ancestrais 
Módulo 3 - Produzindo auto imagens 
Módulo 4 - Rompendo com o silenciamento: oralidades e exercícios de escuta 
Módulo 5 - Fazer cinema em coletividade

CONHEÇA AS OFICINEIRAS

Maíra Norton
Comunicadora popular e educadora audiovisual. Desde de 2008, trabalha com oficinas de cinema em comunidades, escolas, movimentos e organizações. Doutoranda em Cinema e Educação pelo PPGE/UFRJ onde realiza a pesquisa O que se aprende quando se faz cinema com mulheres? Na busca por um cinema comunitário e feminista. Integrante do Programa de pesquisa e extensão Cinema para Aprender e Desaprender (Cinead/UFRJ) e do Coletivo Feminista M.A.R. onde colabora com o cineclube Cine Mulher.


Thalita Aguiar 
Graduada em História pela UFRJ. Professora da rede básica Estadual de Ensino e da Formação de Professores do colégio CEMBRA. Membra fundadora da Coletiva Feminista Maria Angélica Ribeiro. Atuou como pesquisadora assistente no Projeto Museu do Território - Paraty (Fundação Casa Azul) e como pesquisadora na primeira etapa do Projeto Pesquisa e Recuperação de Acervos do Polo Sociocultural Sesc Paraty. Mestranda no Programa de Pós Graduação em História Comparada da UFRJ onde pesquisa a vida e a obra da dramaturga paratiense Maria Angélica Ribeiro, nascida em 1829.


Lara Beck Belov 
É realizadora, montadora e educadora. Entre seus trabalhos se destacam a direção e roteiro do longa “O Amor dentro da câmera”, (Prêmio de Melhor Longa no 25º FAM Mercosul  e Menção  de Melhor Longa 22º Bafici), a idealização do “Cinema e Sal- Escola Navegante Audiovisual” com 12 curtas  realizados e exibidos em mais 10 países; a direção e montagem de  conteúdos de tv, internet e video clipes e sua atuação como educadora audiovisual convidada em diversos projetos de cinema comunitário latinoamericanos.


Natalie Hornos Lima
É mestranda em Estudios Latinoamericanos pela Universidad Andina Símon Bolívar, no Equador, e pós graduanda em Antropologia Cultural pela Universidade Complutense de Madrid.  Atua com comunicação popular e comunitária, com experiência em oficinas e produções em diversos territórios camponeses, indígenas e pesqueiros latinoamericanos. Integra o coletivo Nós, Madalenas, que produz documentários.  Atualmente, atua no De Olho nos Ruralistas como produtora do núcleo audiovisual e é responsável pela articulação junto aos movimentos sociais pelo Brasil e América Latina.


Olinda Yawar Tupinambá
Indígena do povo Tupinambá e Pataxó hãhãhãe, Jornalista, cineasta e ativista ambiental. No final de 2015 apresentou sua primeira obra documental Retomar Para Existir, como trabalho de conclusão de curso de Jornalismo. Trabalha como produtora em audiovisual. Em 2017, foi produtora da Mostra Paraguaçu de Cinema Indígena - 1ª edição. Em 2018, concluiu seu primeiro longa, Mulheres que Alimentam.  Em 2019, foi uma das curadoras do Festival de Cinema Indígena Cine Kurumin - 7ª edição, Recife e Brasília. Em 2020, concluiu seu primeiro filme ficção Kaapora – O chamado das Matas e o filme Equilíbrio e foi curadora do Cabíria Festival Mulheres e audiovisual. Também em 2020, foi curadora de roteiro de série de ficção. Em 2021, fez curadoria do Festival de Cinema Indígena Cine Kurumin - 8ª edição e da mostra Lugar de Mulher é no cinema, além de produtora e curadora da Mostra Amotara - Olhares das Mulheres Indígenas. Produziu e dirigiu o videomusical/ performance Preconceito e foi coautora do especial para a TV Falas da Terra, da TV Globo. É coordenadora do Projeto Socioambiental Kaapora e presidente da ONG.

Danila Egger
Geógrafa feminista de pés no chão, mestre e doutoranda em Ciências Sociais. Atualmente, assessora de projetos na instituição Fundo Brasil de Direitos Humanos. Desenvolve trabalhos de pesquisa, ensino, educação popular e extensão na área de geografia e das ciências sociais cujas abordagens são a questão agrária, e o debate da terra, agroecologia e direitos territoriais. Contribui desde 2010 com processos de construção coletiva de cartografia social e crítica, com ênfase nas metodologias feministas e na agroecologia, processos de resistências e existências das mulheres em seus territórios, territórios tradicionais de MAF e enfrentamentos ao racismo.

Nina Tedesco 
Professora do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense. Tem quase 20 anos de experiência em realização audiovisual, principalmente na área da direção de fotografia. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Cinematografia, Expressão e Pensamento, único do país dedicado à direção de fotografia. Seu último filme, o longa-metragem “À luz delas”, aborda o ser diretora de fotografia no Brasil.

Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste (MMTR-NE)
É um movimento feminista rural fundado em 1986 e presente nos nove estados do nordeste brasileiro. A organização faz formação com trabalhadoras rurais por meio da Escola de Educadoras Feministas que objetiva aumentar a autonomia das mulheres, transformar a mentalidade de submissão e combater todo tipo de discriminação e preconceito, buscando a transformação da sociedade. Realizaram os documentários A Coragem de Ser (1998) e Mulheres Rurais em Movimento (2018).

Marise Urbano
Mãe Preta Periférica Candomblecista. Participa da Copecine (Companhia Pernambucana de Cinema) e é responsável pela Gira Pomba Produções. Membro da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro. Uma mulher do cinema e audiovisual. Atua em pesquisa, roteiro, direção, som, curadoria, ministra oficinas e aprende a cada encontro.

Yane Mendes
Cineasta periferica e coordenadora da Rede Tumulto. Ela utiliza o audiovisual como ferramenta de transformação de mundo e também em sua trajetória nas execuções de projetos. Por conta dos seus diálogos cotidianos em várias periferias, hoje exerce as funções de articuladora e educadora social na área da comunicação popular. Yane vem co-criando projetos de estratégias de comunicação offline nos territórios. Faz parte e articulações nacionais de comunicação de periferias e dos coletivos ANJF (Articulação de negras jovens feministas), MAPE (mulheres do audiovisual de Pernambuco) e EXISTO (serie de podcast sobre juventudes).

Marcia Medeiros
Trabalha na área de audiovisual desde a década de 90, como diretora e editora. Editou e dirigiu diversas séries e documentários. Montou Pastor Cláudio (de Beth Formaggini), Madame (de André da Costa Pinto e Nathan Cirino) e Memória para uso diário (de Beth Formaggini). Videoclipes dos artistas Pedro Luís e a Parede, Anna Ratto e vídeo artes sobre Cildo Meirelles, Iole de Freitas, Anna Bella Geiger e Abraham Palatnik. Dirigiu séries de TV como: O Bom Jeitinho Brasileiro (Canal Futura), Capoeira no mundo (Tv Brasil) e Globo Ciência (Rede Globo). É professora de edição em cursos técnicos e projetos culturais como Revelando os Brasis (MinC), Redução de Danos, um Olhar de Dentro (Min.Saúde), Curta Vitória-Minas (Fundação Vale) e Belas Favelas (Spectaculu). Mestre em Cinema pelo PPGCine-UFF. Atual presidente da Edt. (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual).

DATAS E HORÁRIOS
Data: de 20 de outubro a 19 de novembro, sempre às quartas e sextas-feiras
Horário: 18 às 20h30
Local: online, via aplicativo Teams

 

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